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Evidencia-se uma desaceleração no número de casas vendidas e um ligeiro aumento da oferta , há também uma ligeira correção nos preços.
De acordo com a nossa experiência e analisadas várias plataformas e dados estatísticos do mercado é já evidente a correção de preços nalguns locais e em alguns imóveis, com "descida" de preço. Na maioria dos casos em imóveis que estavam com o preço acima do mercado , altamente inflacionados. Estas descidas pontuais de preço ainda estão longe de refletir uma tendência generalizada no mercado.
O contexto inflacionista , a guerra, o seu impacto na europa e a situação da economia da zona euro, pode levar a que exista uma continuada quebra nos preços das casas em Portugal, mas à partida, não haverá uma crise global em relação a preço no imobiliário até porque a continuada subida dos preços das matérias primas faz com que os preços da nova construção aumente e o numero de novas casas diminua, pelo que a oferta de habitação continua muito baixa em relação à tendência de procura e necessidade do mercado, o que mantém em alta o preço final das casas.
A própria Comissão Europeia (CE) prevê que preços da habitação continuem a crescer, mas a um ritmo inferior. A Oferta é escassa.
O que estamos a sentir é que o tempo médio de venda de uma casa está a aumentar. Não necessariamente, para já, a decida geral dos preços.
Alguns compradores já não conseguem acesso a crédito ou conseguem mas sentem que o valor a pagar já não justifica a mudança de casa e que essa mudança se poderá tornar incomportável em pouco tempo, caso a inflação continue como nos últimos meses.
A segurança e a confiança dos clientes está a baixar todos os meses, mas o mercado imobiliário é cíclico e serve a determinado tipo de clientes em determinado espaço de tempo e do ciclo de mercado.
Existem no mercado compradores capitalizados, nacionais e internacionais, disponíveis para comprar e que continuam a apostar no imobiliário e a procurar oportunidades, mas como investidores que são e dado o poder de compra que têm as ofertas de preço que fazem neste momento, são mais agressivas e estão muitas vezes longe de chegar ao preço que o proprietário/vendedor quer ou precisa para fechar negócio.
Estamos no nosso entender a verificar uma mudança de ciclo. A tendência será gerir os imóveis e aconselhar os proprietários , como sempre, de acordo com as suas necessidades.
Dados analisados pelo INE, também informam que as taxas de juro dos contratos celebrados nos últimos três meses subiu para 3,675% em Abril de 2023. Além disso, a avaliação bancária na habitação aumentou para 1483 euros por metro quadrado em Março de 2023 e houve uma desaceleração dos preços da habitação em 14 dos 24 municípios mais populosos no 4º Trimestre de 2022.
Aos proprietários que não precisem de vender a nossa recomendação neste momento, será a de colocar o imóvel no mercado de arrendamento pois os valores das rendas aumentaram muito. Poderá ter um maior rendimento dos ativos imobiliários que tiver em sua posse e não há previsão de baixa de preços de arrendamento no mercado, mesmo com as mais recentes medidas implementadas pelo estado.
Ao compradores que precisam de comprar, note que as descidas de preços não são ainda relevantes e efetivas em todos os casos e ainda não se prevê que sejam em breve. Se encontrar uma casa que preenche as suas medidas e caso veja que se trata de um negócio razoável dentro do que procura e do que existe no mercado, então faça uma oferta mas não fique muito tempo à espera que o preço da casa desça, até porque muito provavelmente quando der conta já foi vendido.